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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Religião é lucro espiritual? - Por Maurício Gomes Angelo

Nas diferentes alas em que elas se dividem e em seus respectivos mundos, encontra-se de tudo: poses sisudas, conservadorismo excessivo, teses e orientações risíveis – sexo é para reprodução, como prazer é pecado; quem se sente atraído por coisas “mundanas” (encare isso como tudo que você puder imaginar) é porque está de caso com o demônio; proibição do uso da camisinha; trajes sociais obrigatórios; em alguns casos, depilação e corte de cabelo são proibidos (imaginem as conseqüências escatológicas de tal bizarrice); maquiagem é proibida, carne de porco e café também, sangue...e daí a lista não pára – até as mais moderninhas, com decoração e apelo claramente pop, jovem e aberto a concessões, onde estão os carismáticos católicos e todas as neopentecostais.

Em vez de ser local de debates, explanação de idéias, estudo, interação, aprimoramento espiritual e prático, os fiéis e suas igrejas estabeleceram o pacto "inconsciente" da mesma se comportar e agir como uma babá, tal qual a tv, tenho minhas dúvidas sobre qual das duas é a pior.

É mais ou menos assim o contrato: “Eu aceito suas doutrinas, louvo quem você quiser, me curvo a qualquer imagem, oro para o que quer que seja, levo a sério qualquer besteira, te dou meu dinheiro, apoio e faço sua propaganda e em troca você dá um jeito de resolver qualquer problema que eu lhe apresentar e me consola em qualquer vicissitude da minha vidinha fracassada”. Legal não? Quem que comprou quem? Quem se vendeu a quem, a que? Quem está se iludindo? Mas não importa, o espetáculo do crescimento é sinal da aprovação divina, os fins sempre justificam os meios e “estaremos todos juntos no céu”. Você quer ir para esse céu?

Eu não!

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