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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Deus é POP - Revista Época - Nelito Fernandes

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
O mercado do cristianismo - Por Márcio Salgues

As faixas de pedestres se tornaram num palco ao ar livre a cada sinal vermelho, onde crianças carentes que fazem malabarismos com pedaços de cabos de vassouras - as mais experientes acendem as pontas desses paus fazendo as manobras com tochas - disputam espaço com religiosos imbuídos da tarefa de propagar o cristianismo. Em vários semáforos, duas pessoas estendem faixas com versículos bíblicos ou mensagens apocalípticas diante dos carros parados, enquanto o restante do grupelho segue distribuindo folhetos entre os motoristas e pessoas às janelas dos ônibus.O que não deixa de ser curioso sob a própria ótica cristã... Enquanto uns pedem comida, outros distribuem panfletos e lançam palavras ao vento, deixando de enxergar os mais necessitados bem ali ao seu lado.
A idéia básica é que todos pregam a mesma coisa: a salvação por meio de Jesus Cristo. Mas a prática mostra justamente, que predominam, em qualquer situação, as mesmas regras do neoliberalismo e da livre concorrência de mercado - no caso, o mercado de almas e contribuintes em potencial. Para tanto, qualquer diferencial é válido a fim de maximizar os benefícios oferecidos e minimizar as deficiências. Afinal, para que tantas denominações diferentes a poucos metros de distância se todos pregam a mesma coisa e tem o mesmo objetivo teoricamente?
Em um certo ponto existem três igrejas diferentes vizinhas. O "cliente-alma perdida" passa na frente, verifica as ofertas que variam de "loja" para "loja" - da simples hóstia aos mais mirabolantes milagres - é convidado a entrar, como numa grande feira livre, e seduzido - quando não induzido - a filiar-se àquela instituição. Algo como você entrar numa loja e o vendedor tentar lhe vender o produto a todo custo.
O mundo seria muito melhor se não houvessem surgido as tantas religiões, clamando ser portadoras da verdade, que temos hoje, e fosse regido tão somente pela razão e por uma ética universal. É lógico que isso é um delírio assim como a "Utopia" de Thomas Morus, pois o homem se diversifica culturalmente de forma constante. No livro "Deus e os homens", Voltaire, um dos maiores expoentes do iluminismo francês, nos diz que não houve idéia melhor que pudesse por um freio aos homens a fim de julgar seus sentimentos mais ocultos, do que a idéia de um deus que pune ou recompensa a cada indivíduo conforme seus atos.
Religião é lucro espiritual? - Por Maurício Gomes Angelo

Em vez de ser local de debates, explanação de idéias, estudo, interação, aprimoramento espiritual e prático, os fiéis e suas igrejas estabeleceram o pacto "inconsciente" da mesma se comportar e agir como uma babá, tal qual a tv, tenho minhas dúvidas sobre qual das duas é a pior.
É mais ou menos assim o contrato: “Eu aceito suas doutrinas, louvo quem você quiser, me curvo a qualquer imagem, oro para o que quer que seja, levo a sério qualquer besteira, te dou meu dinheiro, apoio e faço sua propaganda e em troca você dá um jeito de resolver qualquer problema que eu lhe apresentar e me consola em qualquer vicissitude da minha vidinha fracassada”. Legal não? Quem que comprou quem? Quem se vendeu a quem, a que? Quem está se iludindo? Mas não importa, o espetáculo do crescimento é sinal da aprovação divina, os fins sempre justificam os meios e “estaremos todos juntos no céu”. Você quer ir para esse céu?
Eu não!
Enfim, um ateísmo com profundidade - Por Antonio Luiz M. C. Costa

Tais obras são bem fundadas em termos de ciências naturais, mas estão demasiado desinformadas em relação à história, à filosofia e à antropologia da religião para construir uma crítica que soe pertinente a crentes inteligentes. Tais autores declaram essa categoria irrelevante, como se toda a religião se reduzisse ao fundamentalismo e bastasse refutar Adão e Eva para pôr abaixo milênios de fé e de complexas elaborações éticas e metafísicas. Um paradoxo, pois aqueles para os quais a crença literal no Gênesis ou no Alcorão é indissociável da religião são os que menos darão atenção a seus argumentos.
Essencialmente, autores como Dawkins pregam para os convertidos, para estimulá-los a “sair do armário”. Tanto para os ateus menos preocupados com a opinião alheia, quanto para os religiosos abertos ao debate e para aqueles que têm dúvidas sinceras e profundas, tais obras são rasas e pouco relevantes.
É um ponto de vista bem diferente o do filósofo francês André Comte-Sponville. Em O Espírito do Ateísmo, (Martins Fontes, 192 págs), consegue convencer o leitor de que um ateu pode ser não só inteligente e cientificamente bem-informado, como também culto, profundo e sensível.
A primeira parte do livro, “Pode-se viver sem religião?”, talvez seja a menos satisfatória. Sua resposta é que não faz diferença alguma, o que não é lá muito animador e nem sempre é totalmente crível.
Conta a história do hipotético pai que perde a fé em Deus, mas avisa aos filhos: “no que diz respeito aos valores que procurei lhes transmitir, nada se altera: conto com que vocês continuem a respeitá-los”.
Naturalmente, não é por deixar de ser crente que alguém deveria inverter todos os seus valores – muitos deles tiveram ótimas razões para serem adotados – mas, quando se acredita que a moral existe apenas como necessidade humana e não como decreto divino transcendente, é de se esperar uma atitude mais crítica e racional, a relativização ou mesmo abandono de algumas regras tradicionais e talvez também a revalorização e mesmo a invenção de outras.
Comte-Sponville admite que sua posição em relação a preservativos e homossexualidade não é a da moral cristã tradicional, mas insiste: nas “grandes questões morais”, crer ou não nada altera de essencial. Na medida em que fala por suas escolhas e convicções pessoais, nada a objetar, mas não se vê como se poderia fazer disso um princípio universal.
O filósofo francês acredita-se comprometido com os valores tradicionais do Ocidente cristão, mesmo se não com a fé cristã. Mas é escolha sua essa fidelidade à tradição e ao passado, que compara explicitamente com a piada do rabino que se tornou ateu, mas ainda assim continua com as preces rituais, pois “que tem Deus a ver com isso?” Se tivesse nascido na China, Índia ou África, admite, seu caminho seria diferente.
Mas também o leitor latino-americano pode ficar em dúvida sobre se o pensamento do filósofo lhe é aplicável. Nestas terras parte índias, parte africanas, faz pouco sentido a fidelidade exclusiva à tradição ocidental cristã, um entre outros ingredientes de um sincretismo ainda por estabelecer e consolidar, inclusive na esfera dos valores... Mas por que também um europeu não poderia, à maneira de Voltaire e Montesquieu, relativizar essa monogamia ético-histórica e aceitar ter algo a aprender com os valores de outras culturas?
A troca da “fé” pela “fidelidade” é pouco promissora, se não se distingue este segundo conceito do mero conformismo. Com ou sem fundamento, a fé no cristianismo – como o islã e no budismo, em suas respectivas esferas de influência – contrariou valores e costumes preexistentes e impôs novos, e é razoável pensar que isso nem sempre é ruim. Seria paradoxal se o ateísmo desarmasse o pensador da possibilidade de criticar em profundidade a cultura na qual se criou.
Mais interessante é o chamado de Comte-Sponville a abrir mão da esperança no sentido teológico da palavra, ou seja, de uma vida eterna e infinitamente bem-aventurada. Propõe, em seu lugar, um alegre desespero: nada é para esperar, tudo é para fazer, no que depende de nós, ou para amar, no que não depende. É o contrário do niilismo, pois os niilistas não são desesperados e sim decepcionados – e não há como se decepcionar a não se em relação a uma esperança prévia.
A segunda parte do livro trata dos argumentos relativos à existência ou inexistência de Deus. Onde Dawkins, por exemplo, limita-se a descartar os tradicionais argumentos em favor da existência de Deus em três páginas como “tolos”, sem chegar a compreendê-los, o francês os discute e refuta no plano filosófico, como deve ser.
Em seguida, passa aos argumentos do ateísmo. Nada de noções de ciência para principiantes, mas sim pontos que vão ao fundo das razões filosóficas e psicológicas da crença. Por exemplo, a existência do mal, pelo qual nem só a humanidade é responsável. A mediocridade do ser humano, que não permite fazer uma idéia muito elevada do ser supostamente onipotente que o criou. E seu próprio desejo de um Deus, que torna suspeito todo impulso religioso como confusão entre desejo e realidade.
A terceira parte é, talvez, a mais interessante. Discute espiritualidade atéia, coisa de que Dawkins reduz ao senso de maravilha ante a complexidade do Universo e Hitchens sequer cogita. Comte-Sponville reconhece a experiência mística e o sentido espiritual do confronto com o infinito, a eternidade e o absoluto, dando-lhe o seu devido lugar – não o primeiro no mundo, mas o mais elevado no ser humano. Não se trata da consideração intelectual das leis da natureza, mas de um estado de consciência particular, de um sentimento espontâneo de paz, união e pertencimento.
Experiência silenciosa, mas que pode ser descrito como suspensão da banalidade, do já conhecido, pensado e dito, deixando-nos à frente com o novo, com o singular e com o mistério que é, ao mesmo tempo, a evidência do ser. Suspensão também da carência e da cobiça, permitindo o contato com a liberdade e a plenitude. Suspensão do ego e seu discurso, abrindo à experiência da unidade, simplicidade e verdade. Colocação entre parênteses da expectativa e do medo, do passado e do futuro, para que se possa constatar a serenidade e a eternidade.
O sentimento, enfim, de que não se precisa esperar pelo Reino, pois já estamos nele. É o Pentecostes dos ateus, ou o verdadeiro espírito do ateísmo, diz o filósofo: não o Espírito que desce, mas o espírito que se abre e se regozija. Não é a verdade e o absoluto que são amor, mas o amor que, às vezes, é verdadeiro e nos abre para o absoluto.
Alienação Coletiva - existe? - Por Janos Biro

Conclusão: Ao trocar a metafísica da era religiosa pelo positivismo da era moderna, a sociedade não abandonou a “alienação fantasiosa” ao qual ela se entregara. Na verdade, a necessidade psíquica por “religação com algo divino” se tornou ainda maior, mas os métodos tomaram formas diferentes. Os sucedâneos de transcendência desempenham os mesmos papéis que antigamente nos rituais religiosos, com conseqüências muito mais prejudiciais que a inquisição e as cruzadas: a disseminação da ignorância, o conformismo, o controle social, e uma crescente massificação psicológica.
Barack Obama fala sobre Religião e Secularismo
"Dada a crescente diversidade das populações dos Estados Unidos, os riscos de sectarismo estão maiores do que nunca. O que quer que nós já tenhamos sido, nós não somos mais uma nação cristã. Pelo menos não somente. Nós somos também uma nação judaica, uma nação mulçumana e uma nação budista, e uma nação hindu e uma nação de descrentes.
E mesmo se nós tivéssemos apenas cristãos entre nós, se expulsássemos todos os não-cristãos dos Estados Unidos da América, o cristianismo de quem nós ensinaríamos nas escolas? Seria o de James Dobson ou o de Al Sharpton? Que passagens das Escrituras deveriam instruir nossas políticas públicas?
Deveríamos escolher o Levítico, que sugere que a escravidão é aceitável? E que comer frutos do mar é uma abominação? Ou poderíamos escolher Deuteronômio, que sugere apedrejar seu filho se ele se desviar da fé? Ou deveríamos apenas ficar com o Sermão da Montanha? Uma passagem que é tão radical que é de se duvidar que o nosso próprio Departamento de Defesa sobreviveria à sua aplicação.
Nós...
[Discurso interrompido por barulho na igreja. Não dá para discernir se são vaias ou aplausos]
Então, antes de nos empolgarmos, vamos ler as nossas Bíblias agora. As pessoas não têm lido a Bíblia.
O que me trás ao meu segundo ponto: que a democracia exige que aqueles motivados pela religião traduzam suas preocupações em valores universais, ao invés de específicos de uma religião. O que eu quero dizer com isso?
Ela [a democracia] requer que as propostas dela estejam sujeitas a discussão e sejam influenciáveis pela razão. Eu posso ser contrário ao aborto por razões religiosas, para tomar um exemplo, mas se eu pretendo aprovar uma lei abolindo a prática, eu não posso simplesmente recorrer aos ensinamentos da minha igreja, ou invocar a vontade divina; eu tenho que explicar por que o aborto viola algum princípio que é acessível a pessoas de todas as fés, incluindo aqueles sem fé alguma.
Agora, isto vai ser difícil para aqueles que acreditam na inerrância da Bíblia, como muitos evangélicos acreditam, mas em uma sociedade pluralista nós não temos escolha. A política depende das nossas habilidades de persuadir uns aos outros de objetivos comuns com base em uma realidade comum. Ela envolve negociação, a arte do que é possível.
E, em algum nível fundamental, a religião não permite negociar; é a arte do impossível. Se Deus falou, então espera-se que os seguidores vivam de acordo com os éditos de Deus, a despeito das conseqüências. Agora, basear a vida de uma pessoa em compromissos tão inegociáveis pode ser sublime, mas basear nossas decisões políticas em tais compromissos seria algo perigoso.
E se você duvida disso, deixe-me dar um exemplo. Nós todos conhecemos a história de Abraão e Isaac. Abraão foi ordenado por Deus a sacrificar seu único filho. Sem discutir ele leva Isaac montanha acima, até o topo, e o amarra ao altar. Levanta a sua faca. Prepara-se para agir... como Deus ordenara. Agora, nós sabemos que as coisas deram certo; Deus envia um anjo para interceder bem no último minuto. Abraão passa no teste de devoção de Deus.
Mas é justo dizer que se qualquer um de nós, ao sair dessa igreja, visse Abraão no telhado de um prédio levantando sua faca, nós iríamos, no mínimo, chamar a polícia. E esperaríamos que o Departamento de Serviço às Crianças e à Família tirasse a guarda de Isaac de Abraão.
[Risos]
Nós faríamos isso porque nós não ouvimos o que Abraão ouve, nós não vemos o que Abraão vê. Então, o melhor que podemos fazer é agir de acordo com aquela coisa que todos nós vemos, e que todos nós ouvimos. A jurisprudência é bom senso básico.
Então, nós temos algum trabalho para fazer aqui, mas eu tenho esperanças que nós podemos transpor o hiato que existe e superar os preconceitos que todos nós, em maior ou menor grau, trazemos a este debate. E eu tenho fé que milhões de americanos crentes querem que isso aconteça. Não importa o quão religiosos eles possam ser, ou não ser, as pessoas estão cansadas de ver a fé ser utilizada como ferramenta de ataque.
[Aplausos]
Elas não querem que a fé seja usada para diminuir ou para dividir porque no fim não é dessa forma que elas vêem a fé nas suas próprias vidas."
E mesmo se nós tivéssemos apenas cristãos entre nós, se expulsássemos todos os não-cristãos dos Estados Unidos da América, o cristianismo de quem nós ensinaríamos nas escolas? Seria o de James Dobson ou o de Al Sharpton? Que passagens das Escrituras deveriam instruir nossas políticas públicas?
Deveríamos escolher o Levítico, que sugere que a escravidão é aceitável? E que comer frutos do mar é uma abominação? Ou poderíamos escolher Deuteronômio, que sugere apedrejar seu filho se ele se desviar da fé? Ou deveríamos apenas ficar com o Sermão da Montanha? Uma passagem que é tão radical que é de se duvidar que o nosso próprio Departamento de Defesa sobreviveria à sua aplicação.
Nós...
[Discurso interrompido por barulho na igreja. Não dá para discernir se são vaias ou aplausos]
Então, antes de nos empolgarmos, vamos ler as nossas Bíblias agora. As pessoas não têm lido a Bíblia.
O que me trás ao meu segundo ponto: que a democracia exige que aqueles motivados pela religião traduzam suas preocupações em valores universais, ao invés de específicos de uma religião. O que eu quero dizer com isso?
Ela [a democracia] requer que as propostas dela estejam sujeitas a discussão e sejam influenciáveis pela razão. Eu posso ser contrário ao aborto por razões religiosas, para tomar um exemplo, mas se eu pretendo aprovar uma lei abolindo a prática, eu não posso simplesmente recorrer aos ensinamentos da minha igreja, ou invocar a vontade divina; eu tenho que explicar por que o aborto viola algum princípio que é acessível a pessoas de todas as fés, incluindo aqueles sem fé alguma.
Agora, isto vai ser difícil para aqueles que acreditam na inerrância da Bíblia, como muitos evangélicos acreditam, mas em uma sociedade pluralista nós não temos escolha. A política depende das nossas habilidades de persuadir uns aos outros de objetivos comuns com base em uma realidade comum. Ela envolve negociação, a arte do que é possível.
E, em algum nível fundamental, a religião não permite negociar; é a arte do impossível. Se Deus falou, então espera-se que os seguidores vivam de acordo com os éditos de Deus, a despeito das conseqüências. Agora, basear a vida de uma pessoa em compromissos tão inegociáveis pode ser sublime, mas basear nossas decisões políticas em tais compromissos seria algo perigoso.
E se você duvida disso, deixe-me dar um exemplo. Nós todos conhecemos a história de Abraão e Isaac. Abraão foi ordenado por Deus a sacrificar seu único filho. Sem discutir ele leva Isaac montanha acima, até o topo, e o amarra ao altar. Levanta a sua faca. Prepara-se para agir... como Deus ordenara. Agora, nós sabemos que as coisas deram certo; Deus envia um anjo para interceder bem no último minuto. Abraão passa no teste de devoção de Deus.
Mas é justo dizer que se qualquer um de nós, ao sair dessa igreja, visse Abraão no telhado de um prédio levantando sua faca, nós iríamos, no mínimo, chamar a polícia. E esperaríamos que o Departamento de Serviço às Crianças e à Família tirasse a guarda de Isaac de Abraão.
[Risos]
Nós faríamos isso porque nós não ouvimos o que Abraão ouve, nós não vemos o que Abraão vê. Então, o melhor que podemos fazer é agir de acordo com aquela coisa que todos nós vemos, e que todos nós ouvimos. A jurisprudência é bom senso básico.
Então, nós temos algum trabalho para fazer aqui, mas eu tenho esperanças que nós podemos transpor o hiato que existe e superar os preconceitos que todos nós, em maior ou menor grau, trazemos a este debate. E eu tenho fé que milhões de americanos crentes querem que isso aconteça. Não importa o quão religiosos eles possam ser, ou não ser, as pessoas estão cansadas de ver a fé ser utilizada como ferramenta de ataque.
[Aplausos]
Elas não querem que a fé seja usada para diminuir ou para dividir porque no fim não é dessa forma que elas vêem a fé nas suas próprias vidas."
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