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domingo, 26 de julho de 2009

Entrevista com Michel Onfray

Sobram razões para Michel Onfray ser um dos filósofos mais polêmicos  e mais lidos  da França: contra a religião e a ideia de Deus, as instituições de ensino e a formatação de alunos para que sirvam ao mercado de trabalho, o casamento, a monogamia, a procriação, Onfray não teme enfrentar mecanismos sociais já há muito tempo estabelecidos, propondo em sua obra “novas possibilidades de existência”. Ele é herdeiro de filósofos gregos como Diógenes e Epicuro, mas também dos iluministas franceses, de Nietzsche e de Freud. Apoiando-se sobretudo nos princípios da razão e do hedonismo, Onfray acredita que devemos buscar constantemente o prazer, a liberdade e a independência, desde que, para isso, não façamos mal ao outro. A busca por essa trajetória individual, na medida de nossos desejos, é a base de toda sua extensa obra: o filósofo francês já publicou mais de 40 livros  traduzidos em mais de 20 línguas  com temas tão variados como religião, política, estética, relacionamentos, história da filosofia, e até mesmo gastronomia e viagens. Dentre seus livros, destacam-se Tratado de AteologiaTeoria do Corpo Amoroso e Contra-História da Filosofia.,

Onfray, além disso, fundou em 2002 a Universidade Popular de Caen, uma universidade gratuita, sem inscrições prévias, sem diplomas, aberta a qualquer interessado.

Uma de suas obras mais importantes e polêmicas é o Tratado de Ateologia, na qual o senhor defende a substituição da religião pela filosofia. Mas, para tirar a religião da vida, é preciso necessariamente substituí-la por algo?
Na verdade, é preciso substituir o placebo, a religião, pelo medicamento, a filosofia. Em outras palavras, trocar as fábulas, as histórias infantis, os mitos, o pensamento mágico, os além-mundos, pela sabedoria, pelas Luzes, pela inteligência, pela razão. Se antes ensinava-se como verdade uma Virgem que tem filhos, um Deus que abre o mar para deixar seu povo passar, mortos que ressuscitam, peixes multiplicados ao infinito, água que se transforma em vinho em um passe de mágica, hoje é preciso ensinar a reflexão, a análise, o princípio da não-contradição, a obrigação de ser coerente, o pensamento racional, sensato e reflexivo. Em resumo: substituir Bento XVI por Voltaire.

Mas qualquer um pode esquecer Deus? Mesmo aqueles que talvez não tenham conhecimento o suficiente para ver o mundo de outra maneira?
Se deixarmos uma criança longe de influências, jamais ela inventará essas bobagens, que são um puro produto da educação. É preciso somente substituir um mundo por outro, uma pedagogia por outra, um saber e seus conteúdos por outros saberes e outros conteúdos.

Entrevista completa nesse link:
http://vidasimples.abril.com.br/edicoes/082/conversa/conteudo_485844.shtml

3 comentários:

  1. Shalom!

    1. Uma alegria conhecer seu blog. Que o Eterno resplandeça o rosto Dele sobre ti.

    Medite em Colossenses 3.16

    Nele, Pr Marcello Oliveira

    P.s> Visite: http://davarelohim.blogspot.com/

    E veja o texto: EIRENE – O melhor da Vida

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  2. Tenho experiências sobrenaturais pessoais sem nenhuma fantasia ou alucinações - pois jamais premeditei tais coisas - que não permite tornar-me um cético... não quero entrar no mérito de tais casos para não despertar o princípio do ridículo nos céticos... confesso, se não fosse isso, talvez, não teria motivos para ser um crente... Mas, creio que isso serve para mim e para quem tem tais experiências, sem nenhuma pretensão...

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  3. O fundamentalismo ateu é a expressão intelectual de diversos filósofos destes tempos pós-modernos. Todos se uniram, em suas ideias e seus escritos, para destruir os postulados de fé em Deus. A Filosofia tornou-se o martelo usado pelo diabo para tentar esmigalhar as relegiões, principalmente o cristianismo.

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