Seguidores

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Por favor céticos e crentes, parem de encher o saco uns dos outros. Obrigado.


Olá amigos! Como foram as festas de final de ano? Espero que tenham sido boas. Espero também que você não tenha estragado o natal de ninguém com babaquices.

Espero que você, cético, não tenha feito aquele discurso a respeito de como o natal é uma festa de origem pagã e que a árvore é isso e o papai noel é aquilo e Jesus não tem nada a ver com isso e blá blá blá. Ou pior ainda: você se recusou a comemorar esse feriado cristão promovido pela igreja que foi responsável pelas Cruzadas e a Inquisição e não-sei-o-quê. Você não é só um chato, você é também um imbecil. Eu quero mais é que as Cruzadas que se fodam, eu quero presente e comida boa!

Mas você, você cristão que quando tá todo mundo lá curtindo a ceia fala “gente, mas não vamos esquecer pra quem é essa festa né? Vamos pedir as bença ao Menino Jesus que Deus abençoe a todos e o amor de Maria derrame sobre a Terra com a ajuda do Espírito Santo e que os anjo ali babá shamalabalae shamalaabalada shabatcaladá…”

Vocês precisam parar de ser tão chatos.

Eu lembro bem dos natais em que ainda acreditava no Papai Noel. Eu ganhava presentes dos meus pais durante o resto do ano, mas o presente de natal era melhor, porque era um presente mágico e grátis! Aí veio um chato e um dia me contou que na verdade não tinha esse negócio de Papai Noel, que eram meus pais que compravam o presente… em dois minutos de conversa eu percebi que era verdade: era ridículo pensar que um velhinho mágico dava brinquedos Estrela pra todas as crianças do mundo. E foi assim que meus natais perderam um tanto da graça.

A mesma coisa acontece quando você percebe que deus não existe. Veja bem: não é que eu não acredito em deus, é que ele não existe mesmo. O crente (e quando eu digo crente é no sentido de “crer”, não de “evangélico”… me sinto ridículo tendo de explicar algo tão óbvio, mas nunca se sabe) não entende isso. Não entende que não é uma questão de querer acreditar. Eu, particularmente, queria muito poder acreditar que quando eu morresse eu ia encontrar todo mundo que eu gosto e que morreu antes de mim e que eu vou viver pra sempre e tudo o mais (seja o “tudo mais” uma versão carola de Alphaville, sejam 72 virgens), mas infelizmente não posso.

Agora você, cético chatão, por que você tem que ficar querendo contar que o papai noel não existe pra quem acredita nele? Não faça mais isso, amigo! Deixa a pessoa ser feliz, acreditando que quando ela morrer vai ser maravilhoso, que tudo tem uma razão de ser, que quem fez mal aqui vai “pagar do outro lado”. Ela só vai descobrir que estava errada quando morrer! Quer dizer, ela não vai descobrir, porque vai estar morta. “Ah mas a igreja tira o dinheiro e ilude as pessoas!” Quem nunca gastou dinheiro com bobagem? Quem nunca comprou algo que acabou nunca usando? Melhor gastar com dízimo que com ingresso pra stand-up do Rafinha Bastos!

E você crente, você que fica achando que vai convencer alguém a acreditar em deus: desista, você parece uma criança tentando convencer um adulto de que o Papai Noel existe.

Autor: @ibere

Um comentário:

  1. Muito boa essa postagem, vou "roubá-la" e copiar pra mim. Um ótimo texto sobre algo tão simples: equilíbrio.

    ResponderExcluir